05/03/2014

Meditar é sobreviver







Por:   Maria Manuela Caldas
(Mestra Independente de Reiki Usui Shiki Ryoho)


                                                                                
Um blog que se chama Amor à Pele e que se propõe percorrer os caminhos da sobrevivência e da auto-suficiência, não poderia deixar de incluir um tema que é central na minha vida:  
                                                                  
Os benefícios da meditação
Os benefícios que a meditação traz à minha vida e à de tantas outras pessoas no mundo são incontáveis e merecem a toda a nossa atenção.
Hoje em dia é inquestionável que a prática regular de meditação  é uma forma simples e segura de equilibrar o nosso corpo físico, emocional e mental, comprovando assim a valia duma disciplina conhecida da humanidade há milhares de anos.  Muitos médicos já reconhecem que a meditação ajuda a curar a maior parte das doenças relacionadas com o stress.
Do mesmo modo, cada vez mais pessoas aderem a esta prática, num mundo cada vez mais agitado, onde o “ruído” interior e exterior nos dificulta tanto o caminho para a paz e para a contemplação. Existe em cada ser humano uma imperiosa necessidade de silêncio interior, de reflexão, de (re)encontro com a sua essência, com o seu eu profundo.  É nesse reencontro que todos somos um, que o Amor que todos somos nos faz sermos um.

Muitos me dizem que acham difícil introduzir este hábito nos seu quotidiano.  Como em tudo na vida, temos que nos impor o propósito firme de cumprir, o que resulta muito natural logo que entendemos que, em última análise, meditar é sobreviver!  
Como dizia Séneca, "faça a escolha certa na vida e o costume a tornará agradável".
A meditação é a nossa oportunidade de nos encontrarmos a sós connosco mesmos.  Para começar, 15 minutos por dia de meditação aquietam a mente, situam-nos no momento presente, deixam-nos mais relaxados, lúcidos e capazes de tomar decisões acertadas.  Com a continuação, o tempo será prolongado exactamente à medida do nosso Ser e, para surpresa de muitos, esse tempo não é "roubado" a qualquer tarefa diária: ele simplesmente faz parte do nosso dia.

Meditar é sobreviver!
Nós herdámos dos nossos antepassados, que nas suas vidas enfrentavam grandes desafios e perigos, a sua capacidade de sobrevivência. Essa capacidade existe em nós e, uma vez (re)encontrada – através da meditação – permite-nos reagir com discernimento e tranquilidade em todas as situações, sejam elas um engarrafamento de trânsito, um copo que deixámos cair e se partiu, ou uma tragédia pessoal.  É no controlo das emoções, do stress, na capacidade de estarmos bem em qualquer situação, que reside o segredo da paz interior.  Ela conquista-se meditando! e a Paz é a essência da sobrevivência.

Efeitos da meditação no corpo físico
Quando a nossa mente está finalmente liberta  de stress,  o processo oxidativo celular, principal responsável pelo envelhecimento, é fortemente retardado.  A probabilidade de doenças cardiovasculares reduz-se substancialmente. Aumenta a autoestima, a produção de serotonina (que influencia o humor e o comportamento), a força e vigor físico e mental. Melhora a qualidade do sono, normaliza a tensão arterial, dá uma sensação generalizada de bem estar, melhora a concentração, ajuda a regularizar o peso corporal, a redescobrir o propósito da vida, a espontaneidade, o desapego...


A actividade das ondas cerebrais
Devemos pensar no estádio mental a que nos leva a meditação e as técnicas com ela relacionadas, como o exacto oposto do défice de atenção, verdadeiro flagelo dos tempos modernos. A prática regular da meditação abre e expande a capacidade de concentração, de atenção distribuída, torna muito mais fácil a percepção e avaliação correctas das situações, a objectividade em ocorrências emocionais e morais difíceis.


O cérebro é um órgão que utiliza energia electromagnética para funcionar. A actividade eléctrica que emana do cérebro manifesta-se através de ondas cerebrais, que se classificam em 4 categorias, desde as de maior comprimento e menor frequência (delta), às de menor comprimento e mais alta frequência (beta). Homens, mulheres e crianças de todo o mundo, de todas as condições,  culturas, hábitos... partilham estas características.

BETA (13-30HZ)
Alerta, concentração, cognição, pensamento activo. Em funções cognitivas complexas, a frequência pode ir até 40HZ

ALFA (7-12HZ)
Relaxamento, visualização, meditação. É na faixa alfa que se encontra a ressonância Schumann, que é a frequência do campo electromagnético da Terra.

TETA (4-7HZ)
Meditação, intuição, criatividade, memória, estados extra-sensoriais, sonhar acordado. Têm um importante papel no tratamento de vícios, aprendizagem acelerada, reprogramação mental, lembrança de sonhos, melhoria da memória. É o estado em que as funções se tornam automáticas, repetitivas

DELTA  (0.1-4HZ)
Consciência expandida, cura e recuperação, sono profundo, mas ainda com sonhos. É a onda cerebral do acesso ao inconsciente. Algumas frequências da faixa Delta libertam a hormona de crescimento HGH, também muito importante na regeneração celular e cura.  Na fase mais profunda do sono, em Delta, não existem sonhos, ou não nos podemos lembrar deles.
Os bebés nascem em delta e vão aumentado progressivamente o grau de alerta.

Em conclusão
A prática regular de meditação traz-nos o maior de todos os benefícios, aquele de que decorrem todos os outros e que a filosofia budista tão bem expressa: sabermos fluir com o rio da vida, entendermos que não faz sentido sermos a vara no leito do rio tentando resistir-lhe,  perturbando a tranquilidade do seu curso, mas que em nada o impede de prosseguir o seu caminho. E isto é sobreviver!










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